Como mencionamos na matéria anterior, Tudo o que você precisa saber sobre o Salmão, este peixe se popularizou no Brasil e hoje está presente em todos os tipos de restaurantes e mercados. Com seu sabor suave, o salmão conquistou o paladar das crianças e se tornou a porta de entrada para a culinária japonesa. No entanto, o salmão que consumimos diariamente no Brasil é o salmão de cultivo, ou salmão de cativeiro, que vem principalmente do Chile, onde é produzido durante todo o ano. Sua criação é minuciosamente controlada, com alimentação específica, uso de antibióticos e vacinas, garantindo a qualidade do peixe que chega à nossa mesa.
Mas e o salmão selvagem? Você já experimentou?
O salmão selvagem que chega ao Brasil vem do Alasca, reduto de diversas espécies. Entre elas, duas se destacam por serem altamente valorizadas e alcançarem preços elevados no mercado internacional: o Salmão Rei (King Salmon) e o Salmão Sockeye, que se tornam ainda mais especiais quando pescados no rio Copper.
Vamos descobrir o que faz desses salmões um verdadeiro tesouro das águas do Alasca e por que eles são tão únicos!
A Primeira Corrida de Salmão Selvagem do Ano
Com o derretimento das geleiras, o Copper River, no Alasca, é o primeiro local onde os salmões selvagens migram no início do verão, o que aumenta a expectativa de sua chegada.
Restaurantes, chefs e consumidores aguardam ansiosamente a abertura da temporada, um dos momentos mais esperados do ano para apreciar o melhor salmão selvagem do mundo.
Onde fica o Rio Cooper no Alasca: O rio Copper está localizado no Alasca e flui para o sul, percorrendo cerca de 300 milhas (aproximadamente 480 km) através das montanhas Chugach até o Golfo do Alasca, a leste de Prince William Sound. É uma das principais bacias hidrográficas do estado, sendo a sexta maior bacia do Alasca.
No início de cada ano o salmão que atinge a maturidade retorna para desovar e marca a primeira corrida de salmão selvagem da temporada nos Estados Unidos.
A navegação desses peixes também é um espetáculo à parte: com um olfato extraordinário, os salmões retornam exatamente aos mesmos rios onde nasceram, percorrendo todo o caminho desde o Oceano Pacífico.
A chegada do salmão Copper River é esperada ansiosamente por chefs e consumidores a cada ano, representando um evento que anuncia a chegada da primavera e a promessa de uma nova temporada.
Salmão Rei (Chinook) e Salmão Sockeye: Qual é a Diferença?
O Salmão Rei (Oncorhynchus tshawytscha), é o mais raro e caro entre os salmões do Copper River, conhecido por seu sabor mais intenso e alto teor de gordura. Dificilmente o Salmão Rei chega ao Brasil. Já o Salmão Sockeye (Oncorhynchus nerka) possui uma coloração vermelha vibrante e um sabor mais encorpado, além de ser uma opção um pouco mais acessível, embora ainda seja altamente valorizado. Este é o salmão selvagem que chega ao Brasil.
Ambos são ricos em ômega-3, mas o Rei se destaca pelo perfil ainda mais luxuoso.
O Wagyu dos Frutos do Mar
O Salmão Rei (Oncorhynchus tshawytscha) é a espécie de Salmão Selvagem mais valorizada, conhecida também por alcançar os maiores tamanhos e pesos entre todas as variedades.
O salmão Rei do Copper River, recebeu o título de "O Wagyu dos Frutos do Mar" e "O Rei dos Reis dos Salmões", por sua textura suculenta e amanteigada, resultado de sua genética selvagem. Esses salmões carregam a maior quantidade de ácidos graxos ômega-3 em comparação com outros. Isso ocorre devido à necessidade biológica de armazenar gordura extra como energia para retornar às suas áreas de reprodução ao longo do rio Copper.
O rio tem 300 milhas de extensão, ladeado por enormes geleiras e com um aumento de elevação de 3.600 pés, tornando-o o terreno migratório mais difícil para salmões no mundo! Por conta dessa jornada árdua e gelada, o salmão precisa armazenar gordura e ômega-3 extras, o que lhe dá uma textura amanteigada e um sabor robusto, atraindo a atenção de chefs com estrelas Michelin, restaurantes e peixarias renomadas todos os anos.
O rio tem 300 milhas de extensão, ladeado por enormes geleiras e com um aumento de elevação de 3.600 pés, tornando-o o terreno migratório mais difícil para salmões no mundo! Por conta dessa jornada árdua e gelada, o salmão precisa armazenar gordura e ômega-3 extras, o que lhe dá uma textura amanteigada e um sabor robusto, atraindo a atenção de chefs com estrelas Michelin, restaurantes e peixarias renomadas todos os anos
Disponibilidade Limitada
Ao contrário dos salmões de cultivo, que podem ser comprados o ano inteiro, o salmão selvagem possui uma temporada curta e sua quantidade varia a cada ano. Essa limitação torna o salmão ainda mais cobiçado. Entre meados de maio e o início de junho, o Salmão Rei (King Salmon) começa a aparecer nas águas do Copper River, seguido pelo Sockeye, que continua sua corrida até o começo de agosto. Posteriormente, o salmão Coho (Silver Salmon) fecha a temporada, com suas capturas até setembro.
O caráter sazonal e a variabilidade de sua população tornam o salmão Copper River uma iguaria que precisa ser adquirida no momento certo. Assim, quem deseja saborear este salmão selvagem de altíssima qualidade durante o ano precisa planejar sua compra enquanto ele está disponível, aproveitando a oportunidade para garantir esse alimento excepcional até a próxima temporada.
Sazonalidade e Sustentabilidade
O salmão selvagem do Copper River só é pescado durante algumas semanas entre maio e setembro. Com controle rígido do governo do Alasca, a pesca é limitada para preservar a população dos peixes, sendo considerada um modelo de sustentabilidade. No Rio Copper, as regras proíbem redes fixas, permitem apenas horários específicos de pesca e mantêm áreas de proteção, garantindo a continuidade das espécies.