Alasca - Pesca e Sustentabilidade Sempre Lado a Lado

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"Não existe pescado selvagem que seja também sustentável!" 

Será mesmo?

Essa é uma frase que escutamos muito por aí. E entendemos de onde vem essa desconfiança. Vivemos em um mundo onde sofremos com sistemas intensivos de produção, extração descontrolada e histórias de devastação dos oceanos.

Mas e se te dissermos que existe um lugar onde tudo isso é diferente? Onde a pesca não é descontrole, não é destruição... mas parte de um sistema equilibrado e legalmente protegido?

Sim, esse lugar existe. É o Alasca.

Onde a sustentabilidade é lei

Não estamos falando de boas intenções ou promessas vazias. No Alasca, a sustentabilidade não é apenas uma prática - é constitucionalmente obrigatória.

"Peixes, florestas, vida selvagem, pastagens e todos os outros recursos renováveis pertencentes ao Estado devem ser utilizados, desenvolvidos e mantidos no princípio de rendimento sustentado" - está escrito no Artigo VIII da Constituição do Estado do Alasca.

Pense nisso: desde 1959, quando o Alasca se tornou estado, sustentabilidade é lei. Não é marketing. Não é tendência. É obrigação legal há mais de 60 anos.

A ciência por trás da sustentabilidade

Mas como isso funciona na prática? Como garantir que milhões de peixes sejam pescados sem comprometer o futuro?

A resposta está na ciência. A cada temporada, cientistas determinam os níveis ótimos de colheita para a saúde das espécies individuais e de todo o ecossistema.

O processo é rigoroso:

  1. Pesquisas anuais: Os gerentes realizam pesquisas anuais ou 'levantamentos' e usam os dados para determinar a população "total disponível"
  2. Limites precaucionários: Identificam a "captura permitida" e estabelecem um limite inferior de "captura real"
  3. Abordagem adaptativa: Os gerentes de pescarias do Alasca estão na vanguarda da implementação de ferramentas de manejo adaptativo em resposta às mudanças do ecossistema impulsionadas pelo clima

O resultado? Esta abordagem preventiva e adaptativa é uma pedra angular do manejo sustentável de pescarias e permite que o ecossistema e as espécies de frutos do mar continuem a se reabastecer ano após ano.

Não é só sobre os peixes

O que mais impressiona no modelo do Alasca é que eles entenderam algo fundamental: sustentabilidade não é só sobre os peixes. É sobre pessoas, comunidades, famílias.

As famílias pesqueiras do Alasca são o coração e a alma da indústria de frutos do mar daquela região, transmitindo práticas de pesca de geração em geração e acreditando apaixonadamente na importância da sustentabilidade.

E não é só conversa. Programas de manejo estaduais, federais e internacionais compartilham o objetivo de sustentabilidade; cada um tem um mandato legal para prevenir a sobrepesca ou danos aos ecossistemas e comunidades.

Os cinco pilares da sustentabilidade

No Alasca, não é protegido apenas os peixes e o ecossistema, mas também as pessoas que participam das pescarias. Os cinco pilares da sustentabilidade dos frutos do mar do Alasca contam a história do importante trabalho que o Estado faz para garantir que o pescado do Alasca cheguem ao seu prato.

1. Famílias Pesqueiras

As famílias pesqueiras são o coração e a alma da indústria de frutos do mar do Alasca, transmitindo práticas de pesca de geração em geração.

2. Proteção das Comunidades

A sustentabilidade no Alasca vai além dos peixes - protege as pessoas e as comunidades que dependem da pesca.

3. Manejo Científico

O Alasca representa o padrão ouro para o manejo de pescarias em todo o mundo, utilizando uma abordagem científica construída para se adaptar às mudanças do ecossistema.

4. Aproveitamento Total

Há o esforço para usar 100% do peixe, para utilizar plenamente os recursos abundantes.

5. Certificação

A certificação fornece uma maneira para verificarem o manejo responsável das pescarias e a governança forte.

A prova está nas certificações

As pescarias do Alasca possuem certificações de dois dos mais rigorosos programas mundiais:

  • Certified Seafood International (antigo Alaska RFM)
  • Marine Stewardship Council (MSC)

Ambos os programas são benchmarkados pela Global Sustainable Seafood Initiative (GSSI) e alinhados com o Código de Conduta da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para Pescarias Responsáveis, o conjunto mais abrangente de padrões internacionais e melhores práticas para pescarias selvagens.

Transparência total: da água ao prato

A rastreabilidade é uma parte crítica dos programas de certificação de sustentabilidade. Um componente-chave desses programas é o padrão 'Chain of Custody', que garante que os peixes vindos de uma pescaria sustentável possam ser rastreados de volta através de cada passo na cadeia de suprimentos até sua origem.

Na prática, isso significa que:

  • Cada peixe tem sua história documentada
  • Desde a captura até o seu prato, tudo é rastreável
  • Qualidade e segurança alimentar são verificadas em cada etapa
  • Você sabe exatamente de onde vem seu peixe

Lições para o mundo

Enquanto o mundo debate como salvar os oceanos, o Alasca mostra na prática que é possível viver do mar de forma harmoniosa.

Não é teoria. Não é promessa. São mais de 60 anos de resultados comprovados.

A verdade é simples: existe sim pescado selvagem que é também sustentável. E ele tem nome e sobrenome: Pescado do Alasca.

O futuro está nas nossas escolhas.

Agradecimento especial a Alaska Seafood Institute

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